domingo, 21 de setembro de 2008

Viemos dali
Estamos aqui
Depois é ali
Lá,Acolá...
Como podemos chamar aquilo que se localiza depois de acolá ?!
E depois do limite ? existe alguma coisa que não o desejo de rompe-lô ?
O resignante é que qualquer limite rompido é inválido,
pois como quer que fosse era um não-limite
O EventoMundo é único e insusteltável
Os de-pena-na-cabeça e os de-canetas-em-mãos não entendem
e assim fraudem a vida com a possíbilidade de OUTROs MUNDOs
Òra Òra !!!
Cá estou, e não mais ali quando pensei isto escrever...
Sendo assim; Vale alguma coisa o que digo aqui ?! Não sei..
Mas isso é de total irrelevância para o poder da lingua-mundo
Ela recorta como for bem-entendido e daí qualquer sentido faz sentido
Mesmo que não exista sentido
Em minha cidade apareceu um circo de horrores que tinha como atração principal um ser com uma metade-homem e outra metade-homem. Ele tinha uma pequena bolsa de onde se dizia ser possível tudo tirar. Após o grande espetáculo deste sucedia, dizia o cartaz, uma dupla de maças que tinham vontade própria que fariam sua apresentação. Como não tinha interesse nessas coisas fui andando , mais rápido com a alma do que com o corpo, em direção a uma coisa qualquer, que eu ainda não havia decidido. Me ocoreu inquisitar se minha vida era mais parecia com a dos dois metade-homem ou com a dupla de maças. Pela questão da unidade me parecia mais afim com as maças mas dada sua coloração resolvi me inclinar para o lado dos dois-metade. Na equação despretensiosamente analítica onde pensei resolver o dilema dos UM de mim sempre faltaram os prumos. Nessa altura eu já estava confuso e resolvi não mais me ater à distinção. Como se diz por ai; ''Quando dei por mim'' já havia atropelado umas três ou quatro crianças, que pareciam sujas e pálidas
Caídos da lama eles se levantaram :

Senti muito mas não dispus a sentir pena
Nos dizemos amantes do momento
e declaramos morta a filosofia

Mas esquecemos que a poesia é pura regra
quando não entendemos a proveniência

Da mesma maneira que colocamos o é antes do como
Repetimos as clásulas dizendo que fazemos arte
Muitos presentes a vida nos dá
dentre eles o melhor é o presente

E desde de que conhceço o sempre
ele sempre ai está

Enquanto os outros presentes perecem
Essa presença do presente nunca sai

Essa é a tamanha intensidade da presença
Sem ela nada lembramos nem prevemos

A promessa e a causa nos afastam
mas ela sempre está alí